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04/11/2020ㅤ Publicado às 08:43

A preservação da memória urbana e da cultura de Pernambuco, por meio da sua arquitetura e urbanismo, segue na agenda diária de todos que entendem a importância do tema como elemento essencial à valorização e permanência de nossa identidade cultural. Recentemente, o CAU/PE, bem como toda a sociedade, foi surpreendido com a demolição de imóveis de grande relevância para a história da arquitetura na cidade do Recife, marcos de referência da produção da arquitetura moderna no estado.

Cumprindo com seu compromisso, o Conselho buscou o diálogo junto aos órgãos responsáveis pela gestão do patrimônio para um necessário debate que venha a trazer soluções urgentes e efetivas para salvaguardar esse importante legado, estando confirmada reunião com a Secretaria de Planejamento Urbano do Recife e Instituto da Cidade Pelópidas da Silveira para esta semana.

Na ocasião, o CAU/PE irá se colocar à disposição para a identificação de caminhos que possam ser construídos coletivamente para a efetiva implantação de uma de Política de Conservação de Edifícios, Sítios e Bairros do Movimento Moderno em Pernambuco. Com isso, acredita ser possível assegurar a todas as gerações o legado da identidade, da inovação e criatividade pernambucana na produção da paisagem construída de nossas cidades.

Ademais, o Conselho apresentará total apoio à sociedade civil e entidades – a partir de proposta formulada pelo Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro, integrado por sete instituições de defesa do patrimônio cultural – para a imediata classificação, como Imóvel Especial de Preservação, dos edifícios do Colégio Sagrada Família e da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, localizados a Rua Padre Edwaldo Gomes, número 52, no bairro de Casa Forte, e do edifício do antigo Aeroporto do Guararapes, localizado a Praça Ministro Salgado Filho.

Em documento encaminhado pelo Fórum à Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural (DPPC) e à Secretaria de Planejamento Urbano da Cidade do Recife, é destacado que ambas “edificações são tipos arquitetônicos que, para além dos seus valores próprios, ainda singularizam as molduras e os entornos imediatos de espaços projetados por Burle Marx, tombados pelo Iphan em 2015”.

Na ampla justificativa para embasar o pedido, ressalta-se que  os imóveis são “importantes marcos na paisagem e na memória urbana, vínculo extremamente forte com a identidade dos bairros, valores estéticos, formais e de uso social, relacionados com a significação para a coletividade, além de representativos da memória arquitetônica, paisagística e urbanística dos séculos.”

Deste modo, o CAU/PE reitera seu apoio a este justo pleito, na medida em que reforçará o pedido junto aos órgãos municipais para que seja agilizada sua aprovação, evitando que novos infortúnios venham afetar o patrimônio do Recife.

 

04.11.2020

CAU/PE

 

 

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