Mulheres engajadas na arquitetura social

Ampliar o debate sobre questões sociais e de gênero no universo da A & U tem sido o desafio que a arquiteta e urbanista Danielle de Melo Rocha assumiu para si desde sua graduação, em 1990.  Com vivências que confirmam os muitos obstáculos enfrentados por profissionais no seu cotidiano, inclusive de preconceito, ela diz que é fundamental, cada vez mais, olhar mais próximo das necessidades reais das mulheres, na casa, na comunidade, no espaço público e na cidade.

Com base nessas experiências, ela traz para seu dia-a-dia como professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), novos olhares na profissão, como o da arquitetura social. São visões de um somatório de várias etapas na vida, como especializações, mestrado e doutorado, no Brasil ou em outros países.

“Especificamente na arquitetura social estamos vendo as mulheres engajadas nas lutas pelo direito à cidade, seja nas Universidades, em ONG, no poder público ou no empreendedorismo social, propondo soluções inovadoras e participativas na construção coletiva de uma cidade humana e sustentável, levando em consideração as questões de classe, gênero e raça no enfrentamento das desigualdades socioespaciais”,  ressalta Danielle.

“Mas na minha profissão como professora de arquitetura e urbanismo sempre me inspiram as alunas que trocam comigo suas experiências e seus sonhos e as moradoras dos assentamentos precários que constroem com seu saber popular sua moradia e seus espaços coletivos e nos ensinam com a sua luta cotidiana por um mundo melhor para seus filhos.”