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22/02/2017ㅤ Publicado às 18:06

Praça do Marco Zero é o coração da folia no Recife

Em Pernambuco, o roteiro do carnaval inclui um circuito de marcos arquitetônicos, patrimônio histórico e muita diversidade cultural e artística. Desde as prévias realizadas em zonas de preservação como o Bairro do Poço da Panela até os desfiles de blocos líricos e dos maracatus, as cenas carnavalescas se desenrolam em meio a edificações barrocas, coloniais, neoclássicas e modernas recuperadas, preservadas e até desgastadas pelo tempo. Conheça curiosidades sobre os principais pontos da folia pernambucana:

Bairro de São José e Santo Antônio

“O frevo madruga lá em São José…”. Bloco mais famoso do país, o Galo da Madrugada dá o pontapé oficial para os quatro dias de carnaval e percorre caminhos que remetem não apenas à história do frevo, mas, sobretudo, às mudanças pelas quais passou a cidade do Recife. Em São José estão localizada a Estação Central do Recife, a Casa da Cultura e a própria Praça Sérgio Loreto, onde fica a sede do Galo.

O percurso do bloco inclui ainda avenidas símbolos de grandes transformações urbanísticas: a Dantas Barreto, construída entre as décadas de 1960 e 1970 em meio a polêmicas demolições como uma solução para o trânsito; e a Guararapes, corredor da década de 1930 que durante muito tempo foi considerado o cartão postal da cidade e reúne até hoje símbolos do modernismo na capital.

Bairro do Recife

Bairro do Recife com vista para Santo Antônio

Uma das mais famosas imagens do carnaval da capital pernambucana é o Marco Zero tomado por uma multidão tão diversa quanto animada. O novo projeto da praça data de 1999 e tem assinatura do arquiteto Reginaldo Esteves, que incorpora um painel de piso, em escala urbana, do artista plástico pernambucano Cícero Dias. Cercado por prédios históricos de estilos que vão do colonial ao modernista, o Marco Zero fica também ao lado da Rua do Bom Jesus, via que remonta à ocupação holandesa na cidade e que, em épocas de carnaval, recebe tradicionais grupos líricos como o Bloco da Saudade e o Bloco das Flores.

Ainda no Bairro do Recife, outro polo que chama atenção no bairro é o da Praça do Arsenal da Marinha, cujo projeto original é do paisagista Roberto Burle Marx, em 1935. Em sua construção original, o espaço tinha predominância de piso, resultando em um uso dinâmico tanto no cotidiano como nas festividades, mas foi descaracterizado em reforma realizada na década de 1970 pela Prefeitura do Recife. “Um projeto modernista e totalmente integrado com a paisagem urbana”, explica o paisagista Luiz Vieira.

Olinda

Igrejas marcam a paisagem de Olinda.

Famosa por suas ladeiras que recebem milhares de foliões nos dias de Momo, Olinda também abriga casarios, igrejas barrocas, conventos e outras construções históricas distribuídas no centro histórico da cidade, que desde 1982 integra o Patrimônio Mundial da UNESCO. Entre as construções de destaque no roteiro por onde desfilam orquestras de blocos como a Pitombeira, a Sala da Justiça e o Eu Acho é Pouco, estão o Mosteiro de São Bento, o Convento de São Francisco, a Catedral de São Salvador do Mundo e a Igreja de Nossa Senhora do Carmo.

“Nessas obras, o barroco e o rococó, de matriz europeia, são revelados não somente nas fachadas de seus templos católicos, mas também nas talhas de seus retábulos e púlpitos, nas pinturas de seus forros e em sua imaginária”, explica suplente de conselheiro do CAU/PE Marcelo Freitas. Além das construções religiosas, o sítio inclui casario com habitações e espaços comerciais como o Mercado da Ribeira de Olinda, que foi construído no final do século XVII para abrigar o comércio de carnes, peixes e escravos.

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